Deixando aqui uma entrevista feita pela Shojo Beat com a autora de clássicos como Nana e Paradise Kiss, espero que gostem:
P: Que mangá você lia e gostava quando mais jovem?
R: Quando era pequena, adorava ler a revista mensal Ribon e gostava muito de todas as obras dela.
P: Quem influenciou ou inspirou você durante sua carreira?
R: Sou influenciada não só por mangakás, mas também por outras pessoas talentosas em diferentes áreas, como músicos.
P: NANA é considerado shoujo (por causa da revista onde é serializada), mas não parece com o shoujo comum. Que reação os leitores e seus amigos artistas tiveram quanto ao estilo único de NANA?
R: Depende. Há pessoas que simplesmente aceitaram isso e pessoas de ficaram muito surpresas. Não acho que seja tão único assim. Fico surpresa quando alguém se surpreende.
P:
Qual sua primeira inspiração para NANA?
R: Quando recebi o pedido de criar “um título que pudesse ser aceito por uma grande audiência”, fiquei totalmente perdida, mas então eu pensei numa história sobre duas garotas de mesmo nome, mas com características totalmente diferentes; foi assim que aconteceu. Pensei que as pessoas simpatizariam com uma delas.
P: O que você espera atingir com essa série ultimamente – você quer entreter seus leitores ou há algo mais profundo que você quer transmitir?
R: Em meu trabalho, fazer história que os leitores gostem é a primeira coisa que quero. Mas é claro que há uma mensagem por trás da história, e fico feliz se pelo menos algumas pessoas entenderem essa mensagem.
P: Você se identifica mais com Nana Komatsu ou Nana Osaki? Qual delas é a mais popular com os fãs e por quê?
R: Eu tenho diferentes valores de ambos os personagens, então não me indentifico com nenhuma das duas. Quanto aos fãs, muitos leitores olham Nana O. com adimiração e Hachi como alguém que eles podem simpatizar.
P: Quando você pensa na música do Black Stones, o que você ouve? E quanto à música do Trapnest?
R: Gostaria de deixar isso a cargo da imaginação dos leitores.
P: Que tipo de música você ouve? Você tem uma banda favorita?
R: Gosto de Rock ‘n’ Rolll. Curto bastante o som de Muse, uma banda inglesa.
P: Muito do apelo de NANA está no modo como seus personagens se vestem. Você tem interesse em alta-costura? De onde esse interesse se originou? Como você se veste?
R: Tenho interesse em alta-costura e prêt-à-porter. Adoro roupas – vesti-las, admirá-las, fazê-las – desde criança. Agora sinto como se já tivesse explorado roupas ocidentais o bastante, então tenho mudado meu interesse para kimonos. Como isso é parte da cultura tradicional japonesa, kimono é profundo e interessante.
P: O personagem Ren parece Sid Vicious, o falecido baixista de Sex Pistols. Essa semelhança é intencional?
R: No Japão existe jovens cujo modo de se vestir é influenciado por Sid Vicious. Modelei o personagem pensando nessas pessoas, não no Sid Vicious em pessoa.
P: NANA é uma série de imenso sucesso. Que tipo de reação teve seus fãs masculinos?
R: A reação varia. Fico surpresa que tantos rapazes dizem “Nana K. é igualzinha a minha namorada”. Também, provavelmente porque muito dos mangá shounen que os rapazes leem são histórias onde o personagem vence todas as batalhas e evolui, alguns dizem: “Nunca li um mangá em que tantas coisas não acontecem como você quer”.
P: Você tem uma mensagem para seus fãs ocidentais?
R: Por causa que NANA contém muitos trocadilhos em japonês, sinto muito por vocês não serem capazes de ler o original. Esta é uma série comprida, mas se for começar, por favor, seja paciente e leia até o final. A obra só estará completa quando eu a terminar. Darei o meu melhor para completar NANA, então, por favor, continue lendo!
Matéria completa sobre a mangrafia de Ai Yazawa
AQUI.